A forma certa de usar fichamentos na escrita científica
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Junho está chegando, e com ele vem logo aquele climinha chuvoso que nós amamos, não é mesmo? E é claro que você quer começar seus dias com a melhor das intenções: preparar um cafezinho e avançar na escrita da sua dissertação/tese ou artigo. Porém, de repente, você se vê cercado por inúmeras abas abertas, marcações antigas nos textos, trechos soltos salvados em vários arquivos que já nem fazem tanto sentido. Você sabe que leu algo importante… Mas onde está mesmo?
A boa notícia é que existe uma ferramenta que pode transformar esse caos em clareza — o fichamento. Mas, não basta saber o que é. É preciso saber a forma certa de usá-lo.

Foto tirada por Marília Marinho.
Durante muito tempo, você pode ter achado que fichar um texto era só “fazer um resumo”. Isso pode até ter funcionado na graduação, talvez. Mas, agora, na pós-graduação, o cenário muda. Você precisa guardar ideias, cruzar informações, retomar argumentos com precisão. E é aí que a forma certa de usar fichamentos entra em cena, justamente como uma ponte entre leitura e escrita.
Afinal, o que é um fichamento?
Fichamentos são técnicas de registro que te ajudam a organizar e processar informações de textos lidos. Dessa forma, um fichamento pode incluir citações, comentários críticos, análises conceituais e conexões com a sua própria pesquisa. Você faz fichamentos para que retorne aos textos sem que precise lê-los novamente. Isso é uma forma de economizar tempo, e de tornar a escrita mais eficiente. Nós já conversamos sobre isso em um outro post por aqui, lembra?
Alguns tipos de fichamentos
Assim como na pós-graduação você precisa lidar com diversos textos, é necessário que você também tenha diferentes abordagens com eles. Portanto, alguns tipos de fichamentos úteis são:
- Fichamento de conteúdo: ideal para entender a estrutura e o argumento central do texto.
- Fichamento de citação: para registrar trechos que podem ser usados como citação direta.
- Fichamento crítico: para articular, questionar, discordar e conectar ideias com seu objeto de estudo.
Mas, que tal unir o melhor dos mundos?
Transformando seus fichamentos em aliados
- Leia com intenção: se faça perguntas enquanto estiver lendo e construindo seu fichamento — “o que esse texto tem a ver com a minha pesquisa?”;
- Crie uma estrutura: separe seus fichamentos por tema. Isso facilita a busca futura;
- Não esqueça a referência: tenha tudo à mão para evitar retrabalho;
- Anote suas ideias junto: reflita enquanto estiver lendo;
- Use a tecnologia a seu favor: explore ferramentas como Zotero, Obsidian, Notion ou até uma planilha do Excel pode ajudar a manter tudo organizado e acessível.
Porém, não basta fazer tudo isso. É preciso entender que para seus fichamentos se tornarem aliados, eles não devem ser esquecidos.
O que você deve evitar
Você leu 3 artigos em uma semana, fichou e nunca mais olhou para os seus registros. Um fichamento esquecido não serve para nada. Para que ele seja realmente útil no seu processo de escrita, é necessário que você esteja familiarizado com o conteúdo, mantendo-o integrado à construção do seu texto.
Se a sua rotina de leituras estiver sendo um processo que resulta em depositar fichamentos em pastas que nunca mais serão abertas, talvez seja a hora de repensar essa dinâmica.
…
Usar fichamentos da forma certa na escrita científica é sinônimo de otimização do seu tempo. Você não precisa mais caçar informações às pressas — localiza com facilidade o argumento que faltava, o autor que sustenta uma ideia, ou dados que possam reforçar uma hipótese.
Isso vai te ajudar a escrever com muito mais confiança.
E aí, já consegue se imaginar usando seus fichamentos da forma certa na escrita científica?
Então, encaminha esse post para aquele seu colega acadêmico que está precisando desse conteúdo!
👋🏻 Até o próximo post!