Como usar a IA a seu favor na pesquisa acadêmica (sem colocar a sua carreira em risco)
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Imagine uma estudante de mestrado que encara a tela do computador com um misto de ansiedade e desespero. Falta apenas duas semanas para entregar a dissertação, e ela ainda está em busca de fontes confiáveis para embasar a sua pesquisa. Exausta, ela ouviu de um colega sobre ferramentas de Inteligência Artificial (IA) que poderiam agilizar o processo. Mas uma dúvida pairava sobre ela: será que usar IA é seguro para a minha carreira?
Muitos pesquisadores estão descobrindo o potencial da IA para a pesquisa acadêmica, mas também não sabem como usá-la de forma adequada. Neste post, vamos explorar como usar a IA a seu favor na pesquisa acadêmica, mantendo a ética e protegendo a sua reputação.
Use a IA a seu favor na pesquisa acadêmica. Imagem gerada por Napkin AI.
A IA está mudando o que significa ser um pesquisador
Durante muito tempo, nosso valor como acadêmicos esteve em nossa capacidade de dialogar ideias através de análises cuidadosas. Todo o conhecimento que cultivamos por milhares e milhares de anos se acumulou por muita dedicação e incontáveis horas em bibliotecas. Mas, hoje, a velocidade com que um conteúdo acadêmico pode ser produzido é um pouco assustadora.
Apesar de ainda não termos nenhuma ferramenta capaz de detectar um conteúdo produzido por IA, podemos apostar que pelo menos um artigo que você leu essa semana foi escrito com o auxílio de uma IA. As pessoas estão sedentas por prompts cada vez mais elaborados, capazes de devolver a um pesquisador uma imagem do seu próprio método.
Mas, temos um impasse entre eficiência e automação. Embora ferramentas de IA possam nos tornar acadêmicos mais rápidos e eficientes, será que elas estão nos tornando acadêmicos melhores?
Será que estamos entendendo o verdadeiro poder da IA para o nosso trabalho?
Aprimorar as habilidades intelectuais é a melhor maneira de usar a IA
Escrevemos para materializar o pensamento. Dessa forma, conseguimos analisar o que estamos pensando. Antes, um texto exigia dias e dias de maturação, à medida que nosso pensamento era aprimorado por nossas tentativas de expressar ideias com maior clareza. Agora, estamos correndo o perigo da superficialidade no processo de pesquisa (e que pode colocar a sua carreira em risco). A velocidade tem se tornado uma virtude suprema, ameaçando a autenticidade do trabalho do pesquisador. É aqui que entra a importância de levarmos em consideração que usar a IA a seu favor na pesquisa acadêmica é uma questão de compreender que os desafios que estamos enfrentando são não só éticos, mas epistemológicos.
Essas novas relações entre humanos e máquinas podem abrir espaços para uma ciência mais dialógica. Precisamos, portanto, manter o compromisso com a dúvida. Por isso, a IA deve ser uma ferramenta para te ajudar a pensar, e não substituir o seu pensamento.
Necessitamos não só aprender como usar a IA, mas a pensar com ela. Assim, ter clareza das formas que você deve e não deve usar a IA são fundamentais para que você não se esqueça que escrever exige tempo.
Como não usar a IA
- Não copie o texto que a IA escreveu.
- Não deixe a IA pensar por você.
- Não confie em tudo o que a IA diz.
- Não faça suas buscas apenas com a IA.
- Não use muitas IAs ao mesmo tempo. Foque em uma.
Como usar a IA de forma ética e segura
- Confira cada referência citada pela IA.
- Use a IA para traduzir textos.
- Não use apenas o que a IA te fornece. Tenha modelos de escrita para se inspirar.
- Use a IA para te ajudar com programação (você já sabendo um pouco o que é).
- Use a IA para encontrar sinônimos.
- Faça perguntas sobre conceitos para a IA.
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Se esse post te trouxe bons insights sobre como usar a IA a seu favor na pesquisa acadêmica, corre e já compartilha com os seus colegas acadêmicos!
👋🏻 Até o próximo post!
MM
Marília Marinho
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Muito prazer! Sou Marília Marinho, uma pesquisadora pernambucana.
Sou graduada em licenciatura em Química (UFPE) e mestra em Educação em Ciências (UFPE). Atualmente, faço doutorado em Ensino (UFRPE), investigando o papel da imaginação na aprendizagem de conceitos científicos.
Apaixonada por pesquisa científica, compartilho nesse blog um pouco do que aprendi como pesquisadora nos últimos anos. Vamos juntos?
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Thiago Vidotto
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Muito prazer! Me chamo Thiago Vidotto, CEO da Word Aid.
Sou biólogo (UEL), mestre em psicobiologia (USP) e doutor em genética (USP). Fiz parte do meu doutorado no Canadá (Queen’s University) e pós-doutorado no Hospital Johns Hopkins em Baltimore (EUA), onde hoje atuo como bioinformata. Já publiquei dezenas de artigos de alto impacto nas áreas de biologia molecular, genética, bioinformática e patologia do câncer.
Pelo Instagram, ajudo mais de 100 mil pessoas em suas carreiras acadêmicas e profissionais.