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Vamos imaginar que você vai participar da sua primeira conferência acadêmica. Suponhamos que você está começando a idealizar momentos em que vai fingir estar ocupado no celular — tática básica para um introvertido que prefere não interagir muito.
Você chega na conferência e logo no primeiro dia senta ao lado de uma professora que admira profundamente. Eis que, durante uma palestra, ela olha para você e pergunta: “Você já tentou usar essa abordagem com alunos do Ensino Médio?”. A conversa dura apenas 10 minutos. No entanto, ela é o bastante para “plantar uma semente”. Um ano depois, você escreve um artigo com essa professora.
Construir conexões significativas em um ambiente tão exigente nem sempre é fácil, eu sei. Mas você precisa focar em construir conexões genuínas — lembre-se disso.
Por que construir bons relacionamentos acadêmicos importa?
Construir bons relacionamentos acadêmicos é, sobretudo, sobre trocar ideias, encontrar apoio, desenvolver projetos colaborativos. Além disso, ter boas conexões acadêmicas pode te ajudar com:
- Coautorias e publicações em parceria;
- Indicações para bolsas, estágios e eventos;
- Feedbacks construtivos e trocas de experiências.
Imagem gerada por Napkin AI.
As 4 estratégias para construir bons relacionamentos acadêmicos
Antes de tudo, preciso que você entenda: as estratégias que iremos apresentar não se trata de táticas de networking engessadas, em que você precisa se comportar de forma quase que robotizada. O que nós queremos é que você se concentre em algumas habilidades essenciais e que irão te abrir muitas oportunidades.
1. Crie conexões no seu grupo de pesquisa e laboratório
Participe ativamente do seu grupo de pesquisa. Pergunte, compartilhe ideias, ofereça ajuda em tarefas pequenas. Mas faça tudo isso praticando uma escuta ativa. Comece prestando atenção em conversas casuais dos seus colegas, e se interesse de verdade por elas. Dê total atenção e faça perguntas esclarecedoras, considerando a essência dos pensamentos deles.
2. Use o e-mail como ferramenta de conexão
Eu sei, pode dar frio na barriga mandar e-mails para pessoas que você admira. Mas muitos acadêmicos estão abertos ao diálogo. Envie e-mails com base em uma curiosidade colaborativa. Ao escrever o e-mail, além de escrever sobre quem você é e o seu interesse, demonstre um respeito e entusiasmo intelectual. Demonstre interesse em participar de projetos colaborativos. Ter uma curiosidade colaborativa não só pode abrir portas para novas ideias e descobertas, como te ajuda a construir confiança entre seus colegas.
3. Eventos: vá com objetivos
Vá a conferências, simpósios, com o objetivo de conversar com pelo menos duas pessoas. Observe sobre o que as pessoas estão apresentando, ou até conversando em um passeio. Faça isso e abrace a ideia de aprender com os outros, tendo uma humildade confiante. Equilibrar o que você sabe com o reconhecimento das suas limitações pode gerar confiança e acessibilidade, te mantendo aberto ao aprendizado.
4. Use as redes sociais como pontes
Plataformas como ResearchGate, LinkedIn, X (antigo Twitter) são espaços de troca entre acadêmicos. Interaja com as pessoas, comente em posts, compartilhe informações interessantes. Além disso, você também pode compartilhar as suas conquistas e dificuldades — que é o que te torna humano. Isso cria oportunidades de confiança e conexão na comunidade acadêmica. A vulnerabilidade incentiva o apoio e fortalece laços, nos lembrando que todos fazem parte de uma jornada com altos e baixos.
…
➡️ Construir bons relacionamentos acadêmicos é sobre dedicar um tempo para demonstrar genuíno apreço pelos esforços e conquistas de nossos colegas. Nós, acadêmicos, muitas vezes tendemos a nos concentrar demais em nosso próprio trabalho e objetivos, e esquecemos de fortalecer nossos relacionamentos. A vida acadêmica às vezes parece uma corrida solo constante, mas o sucesso está, sobretudo, na nossa capacidade de construir bons relacionamentos.
Ei, se você chegou até aqui, por que não nos conta o que achou?
👋🏻 Até o próximo post!
MM
Marília Marinho
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Muito prazer! Sou Marília Marinho, uma pesquisadora pernambucana.
Sou graduada em licenciatura em Química (UFPE) e mestra em Educação em Ciências (UFPE). Atualmente, faço doutorado em Ensino (UFRPE), investigando o papel da imaginação na aprendizagem de conceitos científicos.
Apaixonada por pesquisa científica, compartilho nesse blog um pouco do que aprendi como pesquisadora nos últimos anos. Vamos juntos?
TV
Thiago Vidotto
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Muito prazer! Me chamo Thiago Vidotto, CEO da Word Aid.
Sou biólogo (UEL), mestre em psicobiologia (USP) e doutor em genética (USP). Fiz parte do meu doutorado no Canadá (Queen’s University) e pós-doutorado no Hospital Johns Hopkins em Baltimore (EUA), onde hoje atuo como bioinformata. Já publiquei dezenas de artigos de alto impacto nas áreas de biologia molecular, genética, bioinformática e patologia do câncer.
Pelo Instagram, ajudo mais de 100 mil pessoas em suas carreiras acadêmicas e profissionais.